A Paraíba será um dos melhores lugares para as pessoas acompanharem o eclipse solar anular de outubro, e João Pessoa a melhor capital do Brasil para presenciar o evento, devido a sua localização geográfica e pela forma como o fenômeno astronômico vai acontecer.
Entenda: Especialista diz como entender o que é esse tipo de eclipse, suas especificidades e também o que deve ser feito para observar o fenômeno com segurança.
Professor de Física formado pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e mestre em cosmologia, Felipe Sérvul, contou quais os tipos de eclipses que podem ocorrer e as diferenças entre eles
Próximo eclipse anular
No Brasil, o próximo eclipse solar anular é justamente o que vai acontecer no mês de outubro. O último evento deste porte a acontecer no país, remonta de setembro de 2006, no entanto, ele só foi avistado em áreas do extremo norte do Amapá.
O que é um eclipse anular
Segundo o físico Felipe Sérvulo, um eclipse solar anular acontece após um alinhamento do sol, da lua e da Terra e, posteriormente, a lua passa entre o sol e o planeta, assim como acontece em um eclipse solar total.
No entanto, o especialista explica que diferentemente desse outro tipo de fenômeno, o eclipse solar anular não cobre totalmente o sol, isso porque a lua vai estar localizada no ponto mais distante em relação ao planeta. Com isso, a Lua vai cobrir boa parte do disco solar, deixando visível apenas um anel de luz visível, a ‘borda do sol’, por assim dizer.
Na Paraíba, além de João Pessoa, as melhores cidades para visualizar o eclipse são as elencadas a seguir pelo professor de física com base em análises em um software especializado. No levantamento, as cidades foram divididas por região dentro do estado. Veja as listas abaixo.
Sertão
Santa Helena
Triunfo
São João do Rio do Peixe
Sousa
Pombal
Paulista
São José de Espinharas
Cariri
Taperoá
Assunção
Seridó
Frei Martinho
Santa Luzia
São Mamede
São José do Sabugi
Picuí
Curimataú
Cuité
Dona Inês
Cacimba de Dentro
Nova Floresta
Araruna
Riachão do Bacamarte
Tacima
Agreste
Logradouro
Caiçara
Litoral Norte
Mamanguape
Jacaraú
Rio Tinto
Mataraca
14 de outubro de 2023
Além de ser possível saber em quais lugares vai ser possível observar o eclipse, a tecnologia também possibilita saber a data exata que o fenômeno vai acontecer. Conforme as análises, o eclipse solar anular de 2023 no Brasil vai acontecer em 14 de outubro de 2023.
Qual o horário do eclipse
Em relação ao horário, isso depende da região do país onde a pessoa vai estar acompanhando o eclipse. Por exemplo, na Paraíba, o eclipse começará a ser observado por volta das 16h43 para as cidades no Sertão. Já para os observadores do litoral, a sombra começará a ser percebida às 15h31, e o “anel de fogo” será visto em sua totalidade às 16h46.
Em outras regiões do Brasil, como no Amazonas, o eclipse se inicia às 13h09 (horário local), e o ‘anel de fogo’ será visto por volta das 14h55.
Como observar o eclipse solar de modo seguro
De acordo com o físico Felipe Sérvulo, existem várias formas que podem garantir segurança ao público na hora de observar o eclipse. No entanto, ele alerta também que mesmo com todas as formas de segurança que possam ser adotadas, é necessário ter em mente que observar o sol por muito tempo, mesmo durante o fenômeno, pode causar danos irreparáveis na visão. Veja abaixo como se prevenir.
Óculos
Um dos equipamentos mais recomendados para quem quer observar um eclipse são os óculos, pois eles criam uma barreira física entre os raios que vêm do sol e o próprio olho. Porém, o especialista alerta que nem todo tipo de óculos é recomendado para esse tipo de caso.
“Existem várias formas seguras de se observar um eclipse, por exemplo, utilizando óculos especiais com filtros solares que reduzem a radiação solar nociva, inclusive os raios-UV, que causam danos irreversíveis à visão, inclusive levando à cegueira”, chama atenção quanto ao tipo específico de óculos que se deve usar.
Filtros
Além disso, existe também a opção do espectador do eclipse se utilizar de filtros específicos em telescópios, lunetas e até binóculos. Mas, vale lembrar que o tipo de filtro tem que ser adaptado para a observação astronômica e também de procedência segura, já que muitos desses equipamentos são comercializados por meio de terceiros.
Felipe Sérvulo também chama atenção para que outros objetos não sejam utilizados na observação do eclipse, porque isso pode aumentar, inclusive, os danos causados pela exposição ao sol.
“Não é recomendado utilizar radiografias, negativos fotográficos, óculos escuros ou polaroides para observar um eclipse, pois nenhum destes oferece uma proteção real. E, mesmo utilizando proteção e filtros específicos, não é recomendado observar o sol por muito tempo. É importante, durante o fenômeno, descansar a visão após 30 segundos de observação”, explica.
Além disso, existe uma forma ainda mais segura de observar o eclipse, que é pela observação indireta, como conta o físico. “Um outro método de observação é o método indireto, no qual a luz do eclipse é projetada através de lentes de binóculos ou telescópios e uma superfície, e é possível então observar o fenômeno de forma segura”, diz.
Informações com Fonte 83