Um fato lamentável marcou o jogo entre Esporte de Patos e Treze pelas oitavas de final do Campeonato Paraibano Sub-20, na última quarta-feira (19). O técnico do Esporte, Júlio Cezar, agrediu o jogador Everton, do Treze. O episódio aconteceu no Estádio José Cavalcanti, em Patos.
Aos 41 minutos do 2º tempo, Everton, do Treze, recebeu a bola após cobrança de lateral, mas acabou não tendo total domínio da bola, que saiu novamente pela linha lateral. Esse lance aconteceu bem em frente à área técnica do Esporte de Patos, onde estava o treinador alvirrubro, Júlio Cezar. O técnico, então, parou a bola com o pé e fez um movimento com o braço em direção a Everton.
Nas imagens, feitas pelo Sertão Esportes, é possível ver que o treinador atinge com um tapa o rosto e o peito do atleta, camisa 17 do Treze. Em seguida, os jogadores trezeanos reclamam da agressão e cobram uma retalização da arbitragem, mas o jogo segue normalmente em arremesso lateral para o Esporte de Patos, e o técnico sequer é advertido verbalmente. A partida terminou com vitória do Treze por 2 a 1.
O Treze se manifestou por meio de suas redes sociais. Em nota, o clube informou que o departamento jurídico tomará medidas cabíveis para o caso e que espera que a Federação Paraibana de Futebol (FPF-PB) aplique algum tipo de punição ao treinador. Ao ge, o presidente do Galo, Artur Bolinha, relatou que o fato de Júlio Cezar ser um treinador de base se torna um agravante nessa situação.
— Vamos fazer a denúncia no âmbito esportivo e, se for necessário, na esfera criminal também. Hoje mesmo já vamos acionar a Federação. E ainda há um agravante nessa história: ele é um treinador de base, está formando atletas, precisa dar exemplo. Esse é o tipo de atitude que precisa ser banida do futebol — disse o presidente do Treze.
A imprensa também falou com o vice-presidente do Esporte de Patos, Roberto Filho. O dirigente alvirrubro reconheceu o erro do técnico, mas alegou que ele foi incitado inicialmente por jogadores do Treze.
— Alguns jogadores, durante a partida, estavam provocando ele. Perto do fim do jogo, ele teve aquela atitude. Ele quis dar um empurrão e pegou no rosto. A gente não compactua com aquilo — argumentou Roberto.
O árbitro Diego Roberto não registrou o episódio na súmula, se limitando a informar que, ao fim do jogo, “houve um princípio de tumulto entre os jogadores e membros da comissão técnica de ambas as equipes”.
