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Lei da deputada Pollyanna permite que mulheres coloquem DIU sem consentimento do parceiro na PB

Política

Lei da deputada Pollyanna permite que mulheres coloquem DIU sem consentimento do parceiro na PB

Matéria defende o protagonismo feminino

A partir desta sexta-feira (8), as mulheres paraibanas casadas, em união estável ou em relacionamento de qualquer natureza usuárias de planos de saúde poderão colocar dispositivos de contracepção intrauterinos sem a necessidade de autorização do seu parceiro. A determinação está na lei nº 12.364, de autoria da deputada Pollyanna Dutra, sancionada e publicada na edição desta sexta do Diário Oficial do Estado (DOE).

De acordo com texto da lei 12.364/2022, fica proibida a exigência, por planos e seguros privados de saúde suplementar, de consentimento do companheiro para a inserção do Dispositivo Intrauterino (DIU) e Sistema Intrauterino (SIU). O descumprimento pode gerar penas previstas na Lei 9.956, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde, e também na Lei 8.078, que dispõe sobre a proteção do consumidor.

A deputada Pollyanna Dutra destacou a importância do projeto, agora em vigor no estado, reforçando que ele repara um atraso histórico que retirava das mulheres o protagonismo das suas escolas. “O protagonismo quanto à saúde reprodutiva e sexual da mulher tem que ser da mulher. Em pleno século XXI, após a luta por tantos direitos, é a mulher quem tem que ter o protagonismo sobre seu corpo, não o seu parceiro. Essa é uma pauta que me orgulha muito e uma luta que sempre travarei aqui no parlamento”, comentou a parlamentar.

Na justificativa do texto, Pollyanna Dutra explica que “a mencionada exigência por parte de diversos planos e seguros de saúde suplementar se ampara em uma interpretação errônea da Lei Nº 9.263/96 (Lei do Planejamento Familiar), que exige a autorização uxória ou marital para a realização de procedimentos contraceptivos definitivos, como a laqueadura, o que certamente não corresponde ao caso dos dispositivos aqui mencionados, que são temporários”.

Para Dutra, a tutela dos direitos da mulher por muito tempo foi do homem e medidas como essa trazem um olhar sobre ações que suavemente continuam deixando nas mãos de outros decisões que cabem somente às mulheres sobre suas vidas.

“Enfrentamos uma tradição de machismo e misoginia que de tão arraigada parece fazer parte da nossa cultura. É tempo de reconstruir uma sociedade amparada na igualdade, na justiça e no respeito, a qual somente se conseguirá com a incansável luta pela liberdade, historicamente tolhida das mulheres brasileiras”, completou a parlamentar, na justificativa da sua matéria.

Informações com Assessoria

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