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Gervásio Maia cobrou que Moro entregue seu celular para ver mensagens

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Gervásio Maia cobrou que Moro entregue seu celular para ver mensagens

O deputado federal paraibano Gervásio Maia (PSB) cumpriu o que prometeu e, durante a presença do ministro da Justiça, Sérgio Moro, na Câmara, dirigiu-se a ele pedindo que se exonere da Pasta por não ter conseguido oferecer respostas convincentes acerca do vazamento de conversas com procuradores da Operação Lava-Jato, divulgadas pelo site “The Intercept Brasil”. O parlamentar paraibano, que segue a orientação política do ex-governador Ricardo Coutinho, falou por pouco mais de um minuto e, mirando o ministro, acusou-o de ser inseguro na resposta aos questionamentos feitos. Gervásio Maia abordou, também, supostas pretensões políticas de Moro, além da sua “ambição” em ser ministro do Supremo Tribunal Federal, qualificando-as como “antiéticas” e comprometedoras. O ministro não respondeu à provocação de Gervásio.

Gervásio Maia salientou que há um acentuado sentimento de descrença da população com referência a medidas anunciadas pelo ministro Sérgio Moro e pelo presidente Jair Bolsonaro, externando a apreensão de que, por conta desse estado de coisas, o cidadão comum “parta para fazer justiça com as próprias mãos”. De passagem, Gervásio fez a defesa e o elogio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, considerando uma injustiça a condenação do ex-mandatário.

A “Folhapress” registra que o depoimento de Moro na Câmara foi pontuado por ironias e ataques do ex-juiz aos adversários e ao vazamento de mensagens sobre a Lava-Jato pelo site “The Intercept Brasil”. A sessão foi marcada por uma série de troca de ofensas entre PSL e PT. Os governistas, puxados pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), levantaram cartazes com provocações aos petistas. Os parlamentares situacionistas atuaram para evitar o que vinha sendo chamado de pelotão de fuzilamento contra o ministro, que se sentiu à vontade para partir para o ataque. Moro disse que deputados poderiam “ficar com o seu foro privilegiado”, afirmou que a divulgação de suas conversas “é uma questão político-partidária”, criticou a OAB e o Intercepte e, por diversas vezes, usou de ironia.

Disse: “Se ouve muito da anulação do processo do ex-presidente (Lula), tem que se perguntar então quem defende Sérgio Cabral, Eduardo Cunha, Sérgio Duque, todos estes inocentes que teriam sido condenados”, afirmaram, sugerindo que a divulgação das mensagens objetiva beneficiar especificamente o petista. E ironizou: “Precisamos de defensores dessas pessoas. Que elas sejam colocadas imediatamente em liberdade, já que foram condenadas pelos malvados procuradores da Lava-Jato, pelos desonestos policiais e pelo juiz parcial”. Em resposta à deputada Gleisi Hoffmann (PT), Sérgio Moro respondeu: “Não sou eu que sou investigado por corrupção”, numa provável referência indireta a processos contra a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores. Sobre o site The Intercept, Moro insinuou que o veículo tentou aparentar um papel de vítima, de mártir da imprensa, “mas isso não colou”. E finalizou alertando que o Brasil saiu do lugar comum da impunidade e da grande corrupção.

CELULAR – O paraibano vice-líder da oposição na Câmara Federal, e o vice-líder do PSB, Camilo Capiberibe, protocolaram AINDA, na Câmara dos Deputados, requerimento para que o ministro da Justiça, Sérgio Moro, disponibilize o aparelho celular funcional utilizado durante o período de 2015 a 2016, época em que o mesmo fazia uso do aplicativo Telegram.

Ambos também dizem desconhecer o conteúdo das mensagens, alegando que o conteúdo poderia ter sido adulterado.

Ainda no documento, os parlamentares solicitam informações às operadoras de telefonia sobre se houve alguma devolução de aparelho celular institucional por parte do ex-juiz, assim como que seja informado o número de série e prefixo telefônico.

 

 

 

 

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