Dia 19 de março é celebrado a figura do “pai terreno” de Jesus Cristo e esposo de Maria, mãe de Cristo: José de Nazaré ou José, o Carpinteiro, é um dos santos mais venerados pela Igreja Católica em todo o mundo. A Paroquia de São José de Paulista, encerrou a tradicional festa dedicada ao seu padroeiro. Essa teve início no dia dez de março com a realização do notário e novenas.

Sob sol forte, um grande número de fiéis e devotos, entre pessoas comuns da sociedade local, políticos e visitantes que anualmente vem a cidade para participar dos festejos, acompanhou a procissão e a missa de encerramento da festa de São José 2018, que foi celebrada no patamar da igreja matriz da cidade. Uma tradição que se mantém. A cidade de Paulista escolheu o santo operário, como seu padroeiro há 55 anos.

CHUVA

O Dia de São José foi de pouca chuva na Paraíba. O Sertão do estado teve precipitação muito menor do que a média histórica para o período, mas a previsão continua sendo favorável. Os agricultores estão sofrendo sem condições financeiras para arcar com as despesas para a família, informa reportagem.

“Eu sou aposentado e sustento minha família, com sete pessoas, com um salário mínimo. Sem chuva, minha plantação está toda murchando, já sinto que vamos passar necessidade de novo”, falou o agricultor, Eraldo Alencar, 61 anos.

Ele planta milho e feijão para consumo próprio e para vender, na zona rural da cidade de Pombal, no sertão paraibano. De acordo com o agricultor, a falta de água está acabando com o cultivo.

“Deu uma chuva boa em fevereiro, mas março já não teve mais nada. Toda a minha plantação está murchando e morrendo. A pressão é grande, porque quando tem saúde, a gente trabalha, mas sem comida não tem saúde”, lamentou.

A esperança de Eraldo era que chovesse nessa segunda-feira, seguindo as crenças populares. O Dia de São José registrou 10,3 milímetros de chuva em Pombal, mas a média histórica para o período é de 191,8 milímetros, segundo a Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa). A cidade de Sousa, também no sertão, teve a maior índice pluviométrico do estado ontem, com 25,2 milímetros, mas também abaixo da média de 221 milímetros.

A meteorologista da Aesa, Marle Bandeira, disse que a crença do agricultor se explica pela ciência. Segundo ela, os trabalhadores entenderam a ação da natureza e perceberam as datas.

“Normalmente, o sistema de convergência da zona de convergência intertropical se evidencia nesta semana. É o momento que estão mais favoráveis, com o sistema de convergência mais próxima da Linha do Equador, ou seja, mais próxima do nordeste brasileiro”, detalhou. No entanto, Marle salientou que não há como afirmar que isso influenciará o tempo nos próximos meses. Ela disse que quando as condições oceânicas fazem com que a zona de convergência migre, as chuvas chegam para as plantações, mas não é possível definir quando isso acontece.

Previsão para o mês

Segundo a previsão climática, devem ocorrer chuvas na parte centroeste da Paraíba, com isso, o Alto Sertão, o Sertão, o Cariri e o Curimataú devem sentir mudanças nos índices pluviométricos, principalmente na ultima semana de março. Em alguns pontos, é possível que seja acima da média histórica até maio. “As condições oceânicas e atmosféricas estão favoráveis. O fenômeno La Niña, que acontece no Oceano Pacífico com o resfriamento das águas superficiais, está atuando em intensidade muito fraca, mas já trouxe chuva para o nordeste e deve continuar”, acrescentou.

 

 

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Last Update: 20 de março de 2018