Nos últimos cinco anos, a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), que tem sede em Campina Grande e campi nas cidades de Pombal, Patos, Sousa, Cajazeiras, Cuité e Sumé, sofreu mais de 43% de redução nos seus recursos, com acentuados cortes durante o Governo Bolsonaro (PL). Tais cortes afetaram diretamente a qualidade do ensino superior e vem dificultando os serviços ofertados à sociedade.

Na última quinta-feira, dia 31, a imprensa foi procurada pela senhora Maria da Luz, que reside no Bairro Jatobá, em Patos. Ela levou uma gata que está prenha e tem um tumor que estourou no pescoço. A dona de casa ficou indignada, pois o animal não foi atendido. O médico veterinário relatou que ela levasse a gata para um local privado, pois não tinha como atender pelo Hospital Veterinário da UFCG/Patos. “Ele disse que não era urgência! Uma gata com um buraco na garganta e sangrando não é urgência? Então o que é?”, desabafou Maria que é beneficiária do Bolsa Família.

Por motivos dos cortes dos recursos, presença de empresas terceirizadas que recebem dinheiro público e ainda cobram por atendimento veterinário, o número de pessoas carentes que têm animais de estimação ou mesmo de rua em situação de urgência e emergência, foi reduzido. Apenas 5 pessoas do Bolsa Família são atendidas de forma gratuita, número insuficiente para a demanda.

Os casos de urgência e emergência são outra dificuldade, pois os atendimentos ocorrem das 07 às 12h00. Benigna Dantas, da Amparar Animal, disse que já se deparou com situação de faltar até o básico para atendimento como, por exemplo, luvas e alguns insumos.

Confusões e revolta na entrada do Hospital Veterinário da UFCG/Patos, que está localizado no Bairro Jatobá, tem sido constante. Na cidade de Patos, diante da situação notória de animais de rua, algumas entidades e movimentos constatam a carência constante no hospital veterinário e as dificuldades para tratar dos animais levados para os devidos cuidados.

Benigna Dantas relatou o caso do filhote que recebeu o nome de Teco. O cachorrinho precisou de amputação em uma das patas. Como não houve como ele ser atendido no Hospital Veterinário da UFCG, acabou tendo que ser levado para uma clínica particular e os gastos aconteceram inevitavelmente. Para pagar as despesas, os protetores estão pedindo ajuda, mas a situação para contribuições voluntárias está cada vez mais escassa. O médico veterinário não cobrou pela cirurgia, mas os gastos ocorrem.

A reportagem fez contato com o professor Sérgio Ricardo, que é o ex-diretor da UFCG/Patos. Ele disse que ficou surpreso com as denúncias, pois o hospital sempre foi respeitado pelo povo diante da forma de tratar os animais. O professor relatou também que as universidades estão esperando os repasses orçamentários do Governo Federal para que ocorra o abastecimento de medicamentos e insumos.

Informações com Polêmica Patos

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Last Update: 2 de abril de 2022