Mulher, moradora do semi-árido nordestino, mãe e viúva. Poderia ser a história de muitas sertanejas, mas foi como Pollyana Dutra, à época com 29 anos, se viu diante da vida, em Pombal, Alto Sertão da Paraíba.
“Junto com meu luto eu vi que tinha uma luz”, contou a atual deputada estadual ao jornalista Heron Cid, para a MaisTV.
Foi aí que a política se descortinou feito sol no quintal de Pollyanna. “Eu sou fruto do apelo popular”, relatou ela, relembrando que lavadeiras de roupa e mototaxistas fizeram o apelo pelo seu ingresso na vida pública.
Mas, a decisão foi um ponto de ruptura pessoal: “Cresci ouvindo que a política, a mulher e minha região não davam certo.”
A condição de mulher e sertaneja, uma região de dificuldades clássicas, não a inibiu de enfrentar o desafio. “Ser solidário é sinônimo de ser sertanejo”, enfatizou.
A experiência de oito anos à frente da Prefeitura de Pombal, onde colheu títulos de prefeita empreendedora e deixou o município com a segunda colocação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), trouxe um grande aprendizado.
Pela dependência das pessoas da Prefeitura, acentua Pollyana, o que é muitas vezes visto como uma prisão, pode ser a “libertação das pessoas”. “O poder público pode transformar a vida das pessoas”, defende.
A experiência virou uma bandeira política na qual a parlamentar situa seu mandato na Assembleia Legislativa: “O poder público é o grande indutor de desenvolvimento. Orçamento precisa desenvolver as pessoas”.
Ela defende maior interação entre setores produtivos, academia e gestão pública, um diálogo escasso na Paraíba, na opinião da presidente da Frente do Semi-Árido na Assembleia.
“A gente perde tempo com a polarização e deixa de avançar naquilo que realmente importa”, critica Pollyana falando sobre extremismo político que barra o diálogo de “algo importante”.
Informações com Mais PB