O deputado federal paraibano Wellington Roberto (PL) é apontado como um dos maiores beneficiados pelo orçamento secreto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao ter conseguido indicar, sozinho, um valor total de R$ 80.000.000,00 (oitenta milhões de reais).

De acordo com matéria publicada no Estadão, o ‘orçamento secreto’ é um esquema bilionário montado por Bolsonaro para bancar trator superfaturado em troca de apoio no Congresso, atropelando a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e posições assumidas por ele na campanha e já no exercício do mandato.

Na liberação sigilosa de R$ 3 bilhões para serviços de obras e compras de tratores e máquinas agrícolas indicados por um grupo escolhido a dedo de deputados e senadores, no final ano passado, o governo atropelou ao menos três exigências da legislação.

No total, o esquema do Governo Federal destina R$ 3 bilhões em emendas para auxiliar base no Congresso e, parte delas, é gasta para compra de tratores com preços até 259% acima dos valores de referência.

Apesar de não ter expressividade nacional, Wellington Roberto foi apontado, juntamente com o também deputado federal paraibano Hugo Mota (Republicanos) como operador dos bastidores do poder, na Câmara Federal, em Brasília.

RESPOSTA

WR reagiu, às notícias sobre o suposto orçamento paralelo criado pelo Governo Federal para beneficiar a base aliada no Congresso Nacional. Ele defendeu a regularidade das emendas do relator-geral do Orçamento, chamadas de RP9, e chamou de ‘narrativas’ as informações publicadas pela imprensa.

Segundo o Estadão, as bases eleitorais do parlamentar paraibano teriam sido beneficiadas por meio de recursos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf). O líder do PL disse que o orçamento foi aprovado pelo Congresso Nacional e beneficiou também parlamentares da oposição. Ele lembrou que os recursos foram destinados a municípios paraibanos.

“Sempre fizemos ações direcionadas do Governo Federal para beneficiar os municípios. A gente tem feito isso, mas se aqueles que não trabalham estão incomodados, é problemas deles”, disse.

Para Wellington Roberto ‘não existe orçamento paralelo’, mas sim ‘transparente e votado no Congresso’. Ele atribuiu à publicação das informações à atuação de ‘charlatões da política’ que querem, de acordo com ele, desestabilizar o governo.

“Não vejo problema nisso, pois temos base, vamos mostrar a realidade de forma muito transparente. Essa coisa de divulgar fake news, vão pegar é processos nas costas. Isso é diferente de mensalão, de petrolão, que é roubo. Mas você fazer dentro do orçamento, votado nas duas Casas, de forma transparente para beneficiar estados e municípios. Estão pensando o quê? Vão trabalhar!”, exclamou.

O que diz o MDR

Segundo o Estadão, boa parte dessas emendas ‘paralelas’ seria destinada à compra de tratores e equipamentos agrícolas. Por conta disso, a denúncia chegou a ser chamada de “tratoraço” nas redes sociais. O flagrante aparecia em um conjunto de 101 ofícios enviados por deputados e senadores ao Ministério do Desenvolvimento Regional e órgãos vinculados para indicar como eles preferiam usar os recursos.

Por meio de nota, o MDR disse que as emendas de relator são de iniciativa do Congresso Nacional, aprovadas em 2019, e não pelo Executivo, e que há ofícios de parlamentares da oposição que tiveram indicações contempladas dentro dessas emendas.

Nas redes sociais, o ministro Rogério Marinho tem rebatido parlamentares de oposição que pedem investigações sobre o caso, alegando que eles também foram beneficiados.

Informações com Polêmica Paraíba

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Last Update: 11 de maio de 2021

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