Uma sequência de fatos fez acabar o chamado grupo G 11 de deputados na Assembleia Legislativa da Paraíba. Primeiro Felipe Leitão (Avante) que foi para o cargo de vice-presidente da (ALPB), fez o deputado Tião Gomes (Avante) assumir a liderança do G11. Essa já havia sido ocupada por Júnior Araújo, depois passou para Felipe em seguida Tião que durou pouco.

A gota d’água foi semana passada a última de agosto, quando os deputados Pollyanna Dutra (PSB), Nabor Wanderley (Republicanos) e Taciano Diniz (Avante) anunciaram, oficialmente, sua saída do agrupamento G11. O grupo paragovernista, formado por bancadas diferentes da Casa de Epitácio Pessoa, foi criado com o objetivo de atuar de forma independente.

Conforme os parlamentares, a adesão ao grupo com atuação independente na ALPB aconteceu com o objetivo de dialogar de forma construtiva na apreciação das matérias da Casa, sem partidarismos ou bancadas, com um só objetivo: trabalhar em prol do Povo da Paraíba. Essa construção, contudo, conforme os parlamentares, passa a não ter mais sentido quando esse agrupamento, hoje, representa uma única base.

Os deputados ainda destacaram que, atualmente, o G11 representa, um projeto capitaneado pelo governador João Azevedo, razão pela qual a sua presença já não é mais necessária para um diálogo que leve ao objetivo intencionado pelos parlamentares ao entrarem no agrupamento.

Ainda de acordo com os parlamentares, que permaneceram por mais de um ano integrando o bloco independente, a atuação do G11 durante todo esse período foi e continuará sendo de extrema importância, haja vista que os posicionamentos divergentes, ou mesmo independentes, sempre favorecerão a construção de um diálogo profícuo na Casa de Epitácio Pessoa.

Após isso o líder Tião Gomes (Avante) anunciou o fim do G11. Segundo ele o bloco nunca teve autonomia suficiente para o que se propunha. Em alguns momentos, chegou a impor derrotas importantes ao Palácio da Redenção, mas sem conseguir o que queria de verdade: um canal privilegiado para negociar espaços no governo. Os líderes do grupo entendiam que por influência de Ricardo Coutinho (PSB), padrinho político de João nas eleições de 2018, os espaços mais privilegiados estavam “perigosamente” nas mãos de Cida Ramos e Estela Bezerra, ambas do PSB.

Por conta disso, o grupo foi criado com nove deputados. Ganhou, de pronto, a oposição do governador, que resolveu não punir os “revoltosos”. Havia o entendimento de que eles eram necessários na base aliada. O grupo cresceu e chegou a abrigar 11 integrantes, mas também sabia que não poderia peitar o governo, já que não agia como organismo compacto. Não raro, o líder era desobedecido na própria base. O fim do grupo ocorreu também após o falecimento de Genival Matias (Avante), um dos seus principais articuladores. Mais recentemente, outra liderança, Felipe Leitão (Avante), deixou o comando do grupo para ocupar a vice-presidência da Assembleia.

Com isso o governador João Azevêdo conseguiu neste ano aumentar a base aliada para 26, dos 36 deputados.

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Last Update: 1 de setembro de 2020

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