O retorno do Campeonato Paraibano, possivelmente marcado para 18 de julho após reunião presencial em João Pessoa entre dirigentes dos clubes e da FPF, não é unanimidade entre as equipes que terão que voltar a campo.

O Sousa, por exemplo, que tem sua partida na volta do torneio marcada para 22 de julho, quando deve enfrentar o Botafogo-PB no estádio Marizão, não está nem um pouco confortável com a situação.

Sem jogador no elenco, já que todos os contratos acabaram no fim de abril, mesmo com apenas três jogadores não tendo feito acordo para voltar ao clube quando o estadual for recomeçado, não há tempo hábil para testagem, aplicação do protocolo de isolamento e retorno aos treinos, visto que não há nenhuma condição financeira para arcar com estes custos. Além disso, a Prefeitura Municipal de Sousa também é uma que está proibindo atividades esportivas profissionais até, ao menos, o dia 29 de junho. Aldeone Abrantes deu suas justificativas.

– Não tem (condições). No Faustão tem o “se vira nos 30”, então tem que se virar nos 30, se for o caso de voltar. Quando a CBF trouxe os R$ 120 mil que deu à Federação, distribuíram em partes iguais, e não era para ter sido. Botafogo-PB e Treze receberam R$ 200 mil da Série C, Atlético e Campinense receberam R$ 120 mil (da Série D), e quando vem o dinheiro para os outros clubes, distribuem igual. Para quem não recebeu o dinheiro da CBF, a Federação poderia isentar a taxa. No Ceará, o Ceará Sporting Club está pagando os exames de todos os clubes do interior. Em São Paulo, há campanhas e leilões para ajudar os clubes pequenos. Michelle deveria pensar nos clubes que não receberam recursos da CBF. Deveria dizer: “consigam os exames que iremos fazer nossa parte” – explicou.

De acordo com o mandatário do Dinossauro do Sertão, os clubes pequenos estão sendo esquecidos por Federações e pela Confederação Brasileira de Futebol, uma vez que, além dos auxílios citados aos clubes das Séries C e D, já liberou até linha de crédito especial para clubes das Séries A e B tomarem empréstimos a menor custo.

Além disso, a necessidade de disputa ser com portões fechados tira a possível única fonte de arrecadação dos clubes que não disputam torneios nacionais.

– Está faltando uma carta, um documento olhando para os clubes, um protocolo econômico. Os clubes grandes já receberam, e os outros estão mortos. Tenho dois jogos em casa. O Atlético de Cajazeiras, o presidente me confidenciou que pagou uma folha no clássico contra o Sousa. Vou jogar com ele aqui com portões fechados, eu não ganho 1 real. Acha justo eu pagar uma taxa no borderô? É uma coisa que precisa ser analisada. São seis clubes que estão na pindaíba. O Sousa foi o mais sacrificado, só jogou três vezes em casa. Não posso ter o mesmo tratamento de quem teve as cinco rendas e recebeu o dinheiro da CBF – disse.

Voz da Torcida

 

 

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Last Update: 23 de junho de 2020

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