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Proposta para reduzir salários de vereadores em Pombal-PB

Política

Proposta para reduzir salários de vereadores em Pombal-PB

O vereador Josevaldo Feitosa (PSB-foto) iniciou recentemente a coleta de assinaturas – na praça do Centenário – para embasar uma propositura de sua autoria, que é reduzir os salários dos membros da Câmara Municipal de Pombal, além do prefeito e vice para os futuros mandatos, a partir de janeiro de 2021.

Em entrevista o parlamentar disse que sua proposta atende aos anseios da sociedade, que tem reclamado de valores que são pagos a políticos brasileiros.

Sua ideia é fixar em 15 salários mínimos o vencimento mensal do (a) futuro (a) prefeito (a) pombalense, o que corresponderia a R$ 15.675, em valores atuais. Desde 2011 que o salário do gestor pombalense é de R$ 20 mil mensais.

Para o vice-prefeito, Josevaldo pretende definir a remuneração em sete salários mínimos (R$ 7.315) ante os atuais R$ 10 mil pagos ao ocupante do cargo.

Já para os vereadores – que atualmente recebem R$ 6.500 mensais – o socialista propõe que passe a ser de quatro mínimos (R$ 4.180) ou cerca de 35,6% a menos.

O presidente do Poder Legislativo passaria a receber cinco salários mínimos (R$ 5.225, hoje), e não R$ 9.900 como é atualmente.

Apesar de já ter recebido elogios de cidadãos comuns, Josevaldo revelou que sua pretensão enfrenta resistência dentro da própria Câmara Municipal, onde a maioria dos colegas demonstrou ser contrária à redução.

Para tanto, ele fará uma espécie de abaixo-assinado para conseguir cerca de 1.300 apoios de eleitores do município para que seja apresentada como “projeto de iniciativa popular”, mas para que seja formalmente protocolado necessita da iniciativa da Mesa Diretora da Casa, formada pelos vereadores Paulo Tecidos, Beto Xau, Alcides Gomes e Pedro Rocha.

Ele criticou o texto regimental que tira das mãos quem não integra a diretoria o poder desse tipo de propositura e defendeu, também, a mudança da Norma para possibilitar que qualquer parlamentar possa ser autor.

“Minha parte estou fazendo, abrindo mão de quase R$ 2.500 mensais, caso seja reeleito, mas em sintonia com a população, que defende menos privilégios para os políticos”, declarou Josevaldo.

Um dos colegas dele, o também vereador pombalense Romero Freitas (PL) foi a primeira voz oficialmente contrária à proposta defendida pelo colega Josevaldo.

Romero Freitas disse que não concorda com a redução, mesmo reconhecendo que vereadores em Pombal recebem um “bom salário”.

Para ele, a redução dos vencimentos não trará vantagens para o município, pois o mesmo valor do duodécimo (repasse mensal que a prefeitura faz ao Legislativo) seria o mesmo e sobraria dinheiro ao final de cada mês e ano, “ficando a critério do presidente da Câmara Municipal aplicar no próprio Poder ou devolver aos cofres da prefeitura, o que não obrigatório”.

Romero ainda disse que a redução dos salários poderia afetar a classe mais pobre que recorre aos vereadores em busca de ajuda e muitas vezes é assistida por eles, “que tiram do próprio bolso”.

De forma indireta, Romero cutucou Josevaldo Feitosa perguntando porque ao invés de reduzir o salário, quem o defende não doa o valor recebido a mais para alguma entidade da cidade.

O parlamentar, porém, pediu mudanças na forma de trabalho da Câmara, defendendo que seja obrigatória uma carga horária diária, além de aumentar os dias de sessões ordinárias e a redução das férias dos atuais 45 para 30 dias.

Blog do Naldo Silva

 

 

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