Nossas Redes Sociais

Clinton Medeiros

Clinton Medeiros

Ney Suassuna também foi alvo da Operação Calvário na PB

Policial

Ney Suassuna também foi alvo da Operação Calvário na PB

O ex-senador Ney Suassuna foi alvo de mandado de busca e apreensão, na manhã terça-feira (17), na mega fase da Operação Calvário denominada de ‘Juízo Final’. Policiais federais cumpriram os mandados em endereços do paraibano no Rio de Janeiro.

De acordo com as investigações, Ney Suassuna, na condição de ex-senador, guarda fortes vínculos políticos no Estado da Paraíba e, em decorrência disso, teria sido o responsável pela internacionalização das operações de Daniel Gomes, operador do esquema de corrupção de desvios de recursos públicos.

Ney seria o responsável por apresentar Daniel Gomes ao ex-governador Ricardo Coutinho, que foi preso na Espanha durante a operação.

Os crimes investigados são relativos à fraude licitatória, falsificação de documentos, corrupções ativa e passiva, lavagem de dinheiro, entre outros.

Ney também é investigado na Operação Lava Jato, onde tornou-se réu e por isso responde a processo por possíveis desvios de recursos na Petrobrás no Governo Lula.

LIGADOS À NEY – Cida Ramos – apontada como “uma das mais fiéis integrantes da organização” e “umbilicalmente ligada ao ex-senador Ney Suassuna”. Escolhida para representar os interesses do grupo criminoso nos poderes executivo e legislativo. Cida Ramos foi a deputada estadual eleita com mais votos em 2018;

Aracilba Rocha – ex-secretária de Estado de Finanças e da Fazenda no governo de Ricardo Coutinho. Apontada como responsável pela intermediação da organização criminosa com vários operadores, agentes políticos e lobistas, além de ser pessoa de confiança de Ney Suassuna.

Cassiano Pascoal – ligado a Ney Suassuna e apontado como responsável pela apresentação da operação de David Clemente da Paraíba (um dos chefes da ORCRIM).

A etapa ‘Juízo Final’ apura desvio de R$ 134,2 milhões de recursos públicos destinados a serviços de saúde na Paraíba, por meio de fraudes em procedimentos licitatórios e em concurso público, corrupção e financiamento de campanhas de agentes políticos, bem como superfaturamento em equipamentos, serviços e medicamentos. As investigações apontam que, do montante desviado, R$ 120 milhões teria sido usado para financiar campanhas nas Eleições Estaduais de 2010, 2014 e 2018.

De acordo com as investigações, organizações sociais montaram uma rede de prestadores de serviços terceirizados e de fornecedores, com a celebração de contratos superfaturados, para a gestão do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, Hospital Regional de Mamanguape e Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires em Santa Rita.

Para blindar a fiscalização do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB), a organização pagou vantagens indevidas, valendo-se de contratos de “advocacia preventiva” ou contratos de “advocacia por êxito”, ocultando ou dissimulando a natureza, origem, disposição e movimentação dos valores.

As investigações verificaram também o uso eleitoral dos serviços de saúde, com direcionamento de atendimentos e fraude no concurso de pré-seleção de pessoal do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, realizado no ano de 2018.

Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa, fraude em licitação, corrupção passiva e corrupção ativa.

MAIS PB

 

 

 

Clique para comentar

Deixe seu comentário

Mais Notícias em Policial

TOPO