A semana foi mais uma vez intensa na política da cidade de São Bento, a polarização entre oposição e situação está cada vez mais forte nesse ano de véspera ao período eleitoral. Isso tudo refletiu na última sessão realizada na Câmara Municipal.

Por lá, quinta-feira, dia 12 projetos de lei foram aprovados, o mais polêmico deles foi justamente, do orçamento 2020 do município. A bancada de oposição tem maioria, 7 a 6 e fez valer, reduziu a suplementação orçamentária para 10 % do que é previsto em recursos públicos para o ano que vem. Ou seja, São Bento tem uma previsão inicial de investir em todas as áreas cerca de R$ 96 milhões em 2020, e a Prefeitura só pode passar disso em cerca de 09 milhões. Caso ultrapasse precisa pedir autorização à Câmara.

Durante a sessão a bancada de situação que estava em número de cinco, se ausentou na hora de votar e alegou protesto por não cumprimento do regimento da Casa, mesmo assim foi votado, sem nem precisar do desempate do presidente Alex Dantas (PSB) já que os governistas estavam em cinco, Josué Júnior (PSB) faltou por motivos profissionais e alegou que a sessão não podia ter sido nesse dia (o comum são nas quartas-feiras) .

De lá pra cá o clima tem sido de troca de acusações em redes sociais, ou em programas de rádio.

A bancada de oposição divulgou uma nota onde rebate declarações dadas pelo prefeito Jarques Lúcio (DEM) e diz que não podia passar cheque em branco para ele e que o intuito da redução foi a fiscalização dentro da lei.

Confiram a nota nesse link abaixo.

nota oposicao camara sb

Já o prefeito divulgou um áudio em que diz que o orçamento do jeito que foi aprovado prejudica o povo de São Bento, pois diminui investimentos.

Ouçam abaixo também.

O detalhe é que já estão previstas ações judiciais sobre o assunto. Sobre a suplementação, a procuradoria do município apresentou documentos lembrando que entre 2013 e 2015 foram aprovadas leis semelhantes dando 80% de liberação em gastos extras, à época o governo era do atual oposicionista Gemilton Souza (Progressistas). No governo atual ano passado por exemplo a suplementação aprovada pelos mesmos vereadores foi de 50%.

“Vimos que aqui tentaram a mesma coisa que iam fazer em 2016, mas o povo não deixou”; acusou Jarques relembrando algo parecido que ocorreu na Câmara antes dele assumir o mandato e que na época deu até polícia.

Na sessão desta última quinta ainda teve a aprovação de um decreto legislativo reduzindo o valor da Taxa de Iluminação Pública Municipal que havia sido aumentada em decreto do prefeito em 2017.

E ainda teremos uma sessão pra fechar os trabalhos do ano na Câmara, e será quarta que vem.

Ou São Bento Diferente!

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Last Update: 15 de dezembro de 2019