Antes do imbróglio entre os presidentes da Câmara e da República, pesquisa publicada pelo jornal Valor, ainda sobre o texto original do Governo sobre a ‘Nova Previdência’, revelava que a bancada paraibana estaria assim dividida: Aprovam: Aguinaldo Ribeiro, Efraim Filho e Julian Lemos. Reprovam: Damião Feliciano, Frei Anastácio e Gervásio Maia. Aprovam em parte: Edna Henrique, Ruy carneiro e Pedro Cunha Lima. Não opinaram: Hugo Motta, Welington Roberto e Wilson Santiago. Mas esse ‘extrato’ é dinâmico e muda.

Depois que Rodrigo Maia e líderes passaram a assumir o protagonismo da Reforma, sem tanto compromisso com o Governo, ‘jogando com a platéia’, ficou claro que o texto será alterado e a Reforma tenderá a ser ‘desidratada’. Os parlamentares tiraram proveito da crise e querem ‘ficar bem na fita’ com parte do eleitorado, a saber: trabalhadores rurais, professores e servidores. Nesse contexto, ouvindo até centrais sindicais, é bem provável que Damião, Frei Anastácio e Gervásio convertam seus votos, assim como Hugo, Welington e Wilson possam se manifestar a favor.

Fato é que quase todos entendem que ‘alguma reforma’ precisa ser aprovada. Fala-se muito em ‘regras de transição’ para evitar maiores prejuízos àqueles que estão em pleno jogo, com a iminência de mudança nas regras. O ‘lobby’ já está funcionando a pleno vapor no Congresso e a CCJ acaba de escolher o relator da Reforma. A ideia é votar sua admissibilidade no próximo mês. Resta esperar para ver as cenas dos próximos capítulos dessa novela bem brasileira, mas que o enredo – de tão dramático – lembra novela mexicana.

Correio da Paraíba

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Last Update: 8 de abril de 2019