A reforma da Previdência é a grande prioridade do governo. Bolsonaro pediu que ela seja aprovada o quanto antes. Na CCJ e na comissão especial por onde ela passará em seguida na Câmara, basta que haja maioria simples para a PEC seguir adiante. A grande preocupação, no momento, é com a desarticulação da base governista para formar uma maioria no plenário.

“Existem aqui pelo menos 370 deputados que não têm a menor intenção de fazer oposição ao governo. Mas eles não sabem dialogar com essa base, não sabem unir esses votos”, analisou o deputado Efraim Filho (DEM-PB).

Por se tratar de PEC, é necessário o aval, em dois turnos de votação, de pelo menos 308 deputados para a proposta passar para o Senado. Pelos cálculos de aliados do governo, se fosse à votação hoje, o texto não teria mais que 200. “É muito menos crise política, e muito mais falta de articulação. Não sabem fazer coalizão”, concluiu Efraim em entrevista à reportagem do Congresso em Foco.

Ele ponderou, porém, que há tempo para negociar, já que há necessidade de respeitar alguns prazos de tramitação na CCJ e na comissão especial da Câmara por onde a PEC passará antes de ser votada no plenário. “Isso vai levar, no mínimo, uns dois meses ainda. Há tempo para diálogo.”

 

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Last Update: 26 de fevereiro de 2019