A polêmica de Paulista que veio à tona nesta semana, ainda repercute nos meios políticos. O caso foi iniciado após o vice-prefeito Nilton Dantas (PTB) denunciar ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) a suposta ilegalidade de um decreto, assinado no início de 2017 pelo prefeito Valmar Arruda (PR), que suspendeu os efeitos de uma lei, aprovada no final de 2016, que reajustou os salários do prefeito e do vice para R$ 15 mil e R$ 7.500, respectivamente.
Ocorre que, ao assumir o mandato, Valmar decidiu manter o valor anterior de R$ 12 mil para prefeito e R$ 6 mil para o vice. Em setembro de 2018, Niltinho questionou o caso no TCE alegando que o gestor não poderia ter anulado uma lei através de um decreto, entendimento que foi seguido pelo corpo técnico do tribunal ao emitir parecer que ainda será analisado pelo relator.
No mesmo dia, Valmar usou seu Facebook para dizer que a edição do documento deveu-se ao fato de que ao assumir o município de Paulista “herdou diversos problemas financeiros deixados pelas gestão anterior”, destacando “uma dívida previdenciária na ordem de R$ 3.500.000,00, além da folha de pessoal da Saúde referente ao 13°salário não foi paga, o que acarretou outra dívida de R$ 120.000,00, além de que foram deixados débitos com a CAGEPA e com a ENERGISA”.
“Por outro lado, o que causa estranheza é a investida do Sr. Vice-Prefeito na tentativa vã de aumentar o seu próprio salário, o que destoa completamente da nossa gestão, e é por nós veementemente combatido”, escreveu o prefeito.
Niltinho também usou sua rede social e afirmou que não fez nenhuma denúncia infundada, para, em seguida, lembrar a Valmar que quem o apoiou na eleição de 2016 foi seu grupo, liderado pelo ex-prefeito e seu tio, Severino Pereira (PTB).
“Não quero entrar no mérito da gestão passada, uma vez que no pleito eleitoral de 2016, o próprio prefeito que hoje a crítica foi apoiado! Tal quadro de equilíbrio tão decantado pelo prefeito Valmar, não se sustenta, basta pesquisar o SAGRES do Tribunal de Contas”, disse.
Naldo Silva
