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Clinton Medeiros

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Paraibano Clerot, já julgou presidente Bolsonaro

Política

Paraibano Clerot, já julgou presidente Bolsonaro

O ano era 1987. O hoje presidente diplomado do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), era alvo de processo no Superior Tribunal Militar (STM). Ele foi acusado de ter planejado, junto com outro colega capitão do Exército, vários atentados a bomba. O plano foi denunciado em matéria da revista Veja, na época. A operação Beco Sem Saída, de acordo com a reportagem, seria posta em prática se o reajuste dos oficiais ficasse abaixo de 60%. Os alvos das bombas seriam a Vila Militar, a Academia Militar das Agulhas Negras e vários quartéis. A ideia não era ferir ninguém, mas assustar o então ministro do Exército no governo de José Sarney, Leônidas Pires Gonçalves.

Após a reportagem, o então capitão do Exército negou tudo. Apesar disso, foi denunciado no Superior Tribunal Militar. A matéria da Veja exibia, inclusive, croquis de onde seriam explodidas as bombas e explicava como fazer uma bomba relógio. No julgamento, o relator foi o coronel Sérgio Pires. Ele considerou que não houve culpa dos suspeitos. A posição do ministro paraibano José Luiz Clerot, por outro lado, foi dura, considerando-o culpado. O placar final da votação foi de 8 votos a 4, livrando o então capitão do Exército de uma punição mais dura.

Três anos depois, curiosamente, Bolsonaro e Clerot se tornaram colegas na Câmara dos Deputados. Ambos foram eleitos no pleito de 1990. O primeiro renovou os mandatos de forma sucessiva até este ano, quando disputou e foi eleito presidente da República. O paraibano foi reeleito em 1994, mas não conseguiu renovar o mandato em 1998, ficando na suplência. Ele disputou eleição em 2002 também, mas não foi eleito. Clerot faleceu em maio deste ano, aos 82 anos.

Clerot tinha base política em Pombal, e foi muito bem votado em 1994 em Catolé do Rocha quando foi o majoritário na cidade apoiado pela família Maia.

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