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Clinton Medeiros

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Cadelinha mostra amor ao dono, após sua morte em João Pessoa

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Cadelinha mostra amor ao dono, após sua morte em João Pessoa

Uma espera intermitente. O olhar de quem ‘não tem nome’ imprime e expressa o amor incondicional, até mesmo depois da morte. Desde o dia 2 de julho uma cadelinha aguarda ansiosamente por um retorno que não acontecerá. Seu dono e maior companheiro deu entrada no hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa, para uma viagem sem volta. A unidade é referência no tratamento do câncer e doenças do sangue.

Ela, fiel, seguiu o caminho percorrido pela ambulância que o levou à unidade de saúde onde permanece até então.

Com nome não identificado pela instituição, sabe-se que o paciente morreu em decorrência de complicações provocadas por um câncer. Desde esse momento, a cadelinha espera a hora em que verá o amigo outra vez. A história é bem próxima a do filme Sempre Ao Seu Lado, lançado em 2009. Entretanto, trata-se de uma trama da vida real, com personagens reais, pessoais reais.

O olhar direcionado à porta demonstra o desejo: vê-lo saindo do lugar onde entrou em um dia de segunda-feira.

A visita do Portal T5 despertou olhares. Um deles foi o do agente de portaria Jeandro Silva. Há 6 anos em atividade no hospital, o profissional disse que é a primeira vez que acompanha algo do tipo. Se de um lado a cadelinha olha para a porta da unidade, do outro Jeandro acompanha a espera incessante.

“Vi quando o paciente chegou, ele estava debilitado. Em determinado momento quando direcionado ao ambulatório, ela o viu, tentou ir atrás, tivemos que afastá-la. O ambiente não permite. A gente fica acompanhando a situação. Não temos o que fazer, isso é coisa de amor”, explicou.

Alguns funcionários do hospital adotaram simbolicamente o animal. Um deles é o segurança Edmildo Ferreira. Com 10 anos de serviços prestados ao hospital, o agente agora conta com uma companhia pra lá de inusitada.

“Quando ela está aqui, faço o possível para que, entre uma ação e outra, alimentá-la, dar água… Mas, é pouco. Queria poder levá-la pra casa, entretanto, não tenho condições. Tenho outros animais. Essa é uma situação que me deixa aflito”, comentou.

A curiosidade de quem olha pra câmera é também causadora de euforia. A cadelinha sem nome, aos poucos, começa a conquistar amantes, amigos e companheiros. Pacientes da unidade começaram a se acostumar com a presença. Esse é o caso de dona Maria de Fátima, de 56 anos. Há um ano ela faz tratamento após um procedimento cirúrgico realizado no Laureano. Natural de Santa Rita, Maria descreve que esse é um exemplo de amor.

“Esse é um sentimento que, muitas vezes, nem o ser humano é capaz de ter”, dona Maria de Fátima, sobre a espera da cadelinha

 

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