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Eleição 2018 na PB, repleta de “parentes” candidatos

Política

Eleição 2018 na PB, repleta de “parentes” candidatos

O lançamento, por parte de famílias tradicionais, de membros dos seus quadros, para concorrer a mandatos políticos como governador, senador, deputado federal e estadual, pela Paraíba, é destaque na mídia, sobretudo porque a proliferação de parentes é maior na disputa eleitoral deste ano, a começar pelo candidato do PV ao governo, Lucélio Cartaxo, irmão gêmeo do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo e substituto deste no páreo, já que Luciano desistiu. Uma matéria, assinada por Adelson Barbosa dos Santos, relaciona inúmeras duplas familiares que se candidatarão em outubro. Um dos exemplos é o de Wilson Santiago, do PTB. Pai e filho estarão em ação na campanha. Casos de marido e mulher? Temos. O deputado federal Damião Feliciano (PDT) vai disputar a reeleição e a esposa, Lígia Feliciano, atual vice-governadora, concorrerá à sucessão de Ricardo Coutinho no Palácio da Redenção.

Para analistas políticos, o predomínio da “parentela” nas disputas eleitorais tem sido recorrente na crônica política da Paraíba. Alertam, entretanto, que este ano a incidência é maior, em todos os partidos, indistintamente. A matéria insinua que são mais de 40 casos de pai e filho, marido e mulher, tio e sobrinho, irmãos, primos e outros que estão em plena campanha. Os irmãos Cartaxo poderão cometer uma façanha política, se Lucélio vier a ser eleito governador do Estado. Pela primeira vez, dois irmãos administrarão, simultaneamente, o Estado e a prefeitura da Capital. A família Cunha Lima, que de há muito espalha integrantes em disputas eleitorais, volta a frequentar o noticiário, com o senador Cássio disputando a reeleição e o filho Pedro concorrendo à reeleição para deputado federal.

Entre João Pessoa, Campina Grande e Sousa, três membros da família Gadelha já estão em cena: o ex-deputado federal Leonardo Gadelha planeja voltar à Câmara em dobradinha com o tio Renato, que já é deputado estadual, e com o apoio de outro tio, Dalton, que mira o Senado. Em Patos, pai e filho estão na disputa. O deputado estadual Nabor Wanderley é pai do deputado federal Hugo Motta, ambos filiados, agora, ao PRB. Os dois vão para a reeleição, dando combate à máquina administrativa da prefeitura, hoje sob o comando do primo Dinaldo Wanderley Filho. Sem território definido, outra dupla de pai e filho tentará se manter no poder a partir de 2019: Wellington e Caio Roberto, respectivamente, deputados federal e estadual, ambos filiados ao PR. No MDB, o senador José Maranhão disputará o governo, enquanto os sobrinhos Benjamin (atual deputado federal) e Olenka (para estadual) figurarão no páreo. No PP, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro postulará a reeleição, enquanto a irmã Daniella Ribeiro deve tentar o senado. Eles são filhos do vice-prefeito de Campina Grande e ex-deputado federal Enivaldo Ribeiro.

Há mais: o subprocurador geral da República, Eitel Santiago, vai disputar uma cadeira federal pelo Progressistas, e o seu filho, o vereador Lucas de Brito, concorrerá a um assento na Assembleia Legislativa pelo Partido Verde. Em Sousa, Inaldo Leitão (PSD) disputará vaga na Câmara Federal, fazendo dobradinha com o seu sobrinho, Felipe Leitão, para estadual. Felipe é suplente de vereador, obteve em torno de seis mil votos e não conseguiu se eleger. O historiador José Octávio de Arruda Mello, confrontado com esses arranjos políticos, observa que isto apenas comprova que “em Estados como a Paraíba o familismo ainda tem muita força”.

Nonato Guedes

 

 

 

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