A secretária de educação do município de Areia, Sandra Medeiros, expressou através de mensagem ao deputado federal pela Paraíba Luiz Couto, profunda decepção com o desprezo do parlamentar ao princípio constitucional do contraditório, quando de pronunciamento na Câmara, noticiado em nível nacional através do Programa Hora do Brasil.

Em sua fala, ele reverberou infundada denúncia sobre fechamento de escola na zona rural da referida cidade, revestida de conotação político-partidária, posto que propagada por adversários do atual gestor, que são, a exemplo de Couto, aliados do Governo do Estado.

Muito triste e magoada, Sandra lembrou que apesar de há muitos anos ser eleitora do deputado-padre, nunca esperou daquele que escolheu como representante fosse capaz de abordar um fato como esse ouvindo apenas um grupo de pessoas manipuladas por políticos de interesses duvidosos e um sindicato que omitiu toda realidade da educação do município.

Silêncio como resposta

“Não posso esconder minha decepção como militante que sou das causas sociais. Gostaria, que – em respeito a confiança que tantas vezes já depositei nas urnas em sua pessoa como representante e com líder religioso dito comprometido com a justiça social – o senhor procurasse me ouvir para entender a única e verdadeira realidade dos fatos”, desabafou.

Ao final ela rogou a Deus para que o oriente e seja mais cuidadoso e responsável ao falar, para que não venha a macular a imagem de pessoas idôneas, sérias e trabalhadoras, que cultivam o legado deixado pelo educador e filósofo Paulo Freire: “Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo”. Como resposta protocolar, Sandra recebeu nesta quinta-feira, número telefônico de escritório político para agendamento de audiência

Sobre o fato

Um grupo de crianças em idade escolar da comunidade rural do Sítio São José, onde está encravada a escola municipal “Maria Emília Maracajá”, incluída no processo de nucleação, está sendo submetido, após caminhar longas distâncias, a frequentar aulas em salas improvisadas cobertas por lonas e “professores” voluntários, sem oferecimento de merenda escolar, sem acesso a sanitários, com mobiliário inadequado.

O fato, exposto de forma sensacionalista por meio de vídeo em redes sociais e em alguns sites por adversários políticos do atual gestor, motivou a secretária municipal de educação Sandra Medeiros a informar e solicitar auxílio ao promotor de justiça, curador da Criança e da Juventude da Comarca, no sentido de que os alunos vítimas desse movimento de “resistência” possam voltar a frequentar a rede municipal de ensino, assegurando-lhes o direito à educação digna e de qualidade prevista em lei.

“Esse movimento, apoiado por alguns vereadores, conta com explícito envolvimento de líderes comunitários, movimentos sindicais e representações de classe, busca equivocadamente, estimular a comunidade a segui-lo, ignorando os ganhos introduzidos pela edilidade em favor das crianças/estudantes ligadas à rede municipal de ensino”, afirmou.

Os Guedes

 

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Last Update: 3 de abril de 2018