Ao mesmo tempo em que faz movimento rumo a uma candidatura própria para o governo, o senador José Maranhão começa a ver indícios de enfraquecimento no seu partido, o MDB. Há riscos factíveis de nenhum dos três deputados federais eleitos pela sigla, em 2014, estar na disputa deste ano pelo partido. Um deles, Manoel Júnior (105.693 votos), não vai em decorrência de missão partidária, já que foi eleito vice-prefeito de João Pessoa. Os outros dois: Veneziano Vital do Rêgo (177.680) e Hugo Motta (123.686) devem deixar o partido durante a abertura da janela partidária, em março. O sucessor de Manoel Júnior, André Amaral, também pode deixar a sigla.

No caso de Hugo Motta o buraco é mais embaixo. O parlamentar vê com muito pessimismo a saída de dois players importante do partido. Sem as votações de Veneziano e Manoel Júnior, as chances de ele ser reeleito diminuem. É só fazer as contas. O emedebista, além disso, enfrentou muitos desgastes na sua base. A avó, ex-prefeita de Patos, Chica Motta (MDB), chegou a ser afastada do comando do governo municipal quando ocupava o cargo. A mãe dele, Ilanna Motta, chegou a ser presa durante operação da Polícia Federal por acusações de improbidade na prefeitura.

Isso sem falar dos desgastes do partido no contexto nacional. Hugo Motta era muito próximo ao ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB-RJ). Ele chegou a integrar a tropa de choque defesa do colega, mas acabou se afastando. O desgaste também veio por conta do governismo, já que o presidente Michel Temer (MDB) ocupa o posto de mais impopular desde a redemocratização do país.

Suetoni Souto Maior

 

 

 

 

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Last Update: 3 de fevereiro de 2018